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  • Menos da metade das redes estaduais de Ensino Médio têm matéria exclusiva sobre uso seguro e consciente de tecnologias

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 2 semanas 1 dia atrás

    A SaferNet está lançando hoje (18/3) a versão completa do relatório “Cultura e Cidadania Digital nos currículos de Ensino Médio das redes estaduais de educação”, análise de um levantamento de informações feito com o uso da Lei de Acesso à Informação (LAI) e realizado junto às secretarias estaduais de Educação das 27 unidades da federação. 

    O objetivo do relatório é compreender como as redes de ensino têm incorporado, em suas matrizes curriculares de Ensino Médio, a competência de cultura digital da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do complemento de Computação da BNCC considerando temas de uso seguro e consciente das tecnologias, além de formação continuada de professores.

    24 das 27 UFs (89%) responderam ao levantamento da SaferNet, realizado com a colaboração da organização Fiquem Sabendo, entre os meses de fevereiro e julho de 2024. Não responderam os estados do Amapá, Pará e Piauí. Dessas 24 UFs, 19 (70%) possuem algum componente curricular (popularmente chamado de “matéria” ou “disciplina”) relacionado ao tema pesquisado. 

    O relatório apontou que 44% das redes estaduais possuem um componente curricular exclusivo sobre uso seguro e consciente de tecnologias. São 12 redes: Acre, Amazonas, Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

    Em outras 7 redes, a Safernet identificou componentes curriculares que abordam temas de uso consciente e seguro de tecnologias mesclados com outros temas. É o caso de Rondônia, Roraima, Maranhão, Sergipe, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Tocantins. 

    “Nossa análise foi baseada nas ementas dos componentes curriculares informados pelas secretarias de educação em resposta ao levantamento. Estes documentos orientam e fundamentam o trabalho dos professores em sala de aula. Nos casos em que identificamos que existem componentes não exclusivos, isso significa que no mesmo componente curricular eram mencionados objetos de conhecimento específicos sobre uso seguro e consciente das tecnologias no âmbito da cultura digital, mas também outros temas, que poderiam ou não estar conectados à cultura digital”, explica Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet Brasil.

    O Rio Grande do Norte informou que não possuía componente curricular sobre o tema e em São Paulo, a maior rede pública de ensino médio do país, a resposta da secretaria de educação foi de que havia um componente para ensino médio, que a análise da Safernet identificou que tratava de robótica e programação, sem menção a objetos de conhecimento específicos sobre uso seguro e consciente das tecnologias.

    As 24 UFs que responderam à pesquisa da SaferNet informaram a existência de 73 componentes curriculares relacionados ao tema para o ensino médio. Desses 73, 40 componentes (55%) têm o tema do uso seguro e consciente das tecnologias presentes em suas ementas. Desses 40 componentes, 13 são eletivos e 11 são obrigatórios para segmentos do Ensino Médio — ou seja, não são ofertados para todos os estudantes. 

    A partir dos nomes desses componentes curriculares, a SaferNet montou uma nuvem de palavras e o termo que mais se repetiu foi “digital”, com 19 aparições, em seguida veio “cultura”, com seis, seguido de perto por “cidadania” e “tecnologia”, com cinco menções cada. 

    Dos 73 componentes listados, as redes de ensino mandaram à SaferNet 52 ementas (documento orientador do que será ensinado no componente). As redes do Mato Grosso do Sul, Tocantins e da Bahia não mandaram as ementas. 

    Acesse aqui a íntegra do relatório

    Mapa com a análise dos componentes de Cidadania Digital nos currículos de ensino médio

    Conclusões

    Não há consenso sobre o que significa ensinar uso seguro e consciente de tecnologias para alunos de Ensino Médio no Brasil, pois existe uma multiplicidade de visões sobre o tema.

    Essa multiplicidade se verifica no teor das ementas, que são amplas e não há uniformidade, por mais que a BNCC Computação indique habilidades específicas no eixo de cultura digital. Em algumas respostas, a SaferNet ainda detectou um foco em habilidades instrumentais da tecnologia, ou seja, ensinam sobre como usar as tecnologias, mas não sobre como fazer isso de forma segura e consciente. 

    Importante salientar que a falta de um componente curricular específico sobre uso seguro e consciente de tecnologias não descarta a possibilidade de outras abordagens pedagógicas, embora sua existência indique uma visão programática sobre a competência de cultura digital e sobre a importância de preparar estudantes para os desafios do uso seguro e consciente das tecnologias, inclusive transversalmente.

    “O levantamento é também um retrato do que cada secretaria entende sobre o tema, uma vez que as análises foram baseadas integralmente na resposta dos órgãos e nos documentos enviados ou indicados por eles. Neste sentido, é importante salientar a necessidade de mais integração entre as redes de ensino, buscando um currículo mínimo sobre o uso seguro e consciente das tecnologias que chegue a todos os estudantes”, explica Guilherme Alves.

    Recomendações da SaferNet Brasil

    As matrizes curriculares dos estados e do distrito federal devem se adequar à BNCC, o que é desafiador, embora importante para garantir uma educação integral para os estudantes. A formação continuada dos educadores, desafio importante quando falamos de uso seguro e consciente das tecnologias, deve ser incentivada. 

    Devem ser criados repositórios públicos e abertos de ementas de componentes curriculares e devem ser incentivados canais de cooperação entre as diferentes redes de ensino, secretarias de Educação, professores e escolas públicas. 

    Uso de ementas flexíveis e adaptáveis que possam abranger todos os anos do Ensino Médio podem ajudar na efetivação do uso seguro e consciente das tecnologias nas escolas. 

    “As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio contemplando Educação Digital e Midiática, atualmente em desenvolvimento no Conselho Nacional de Educação, devem incluir orientações que colaborem na direção de uma visão compartilhada da Educação Digital e Midiática para a Cidadania Digital, trazendo intencionalidade pedagógica e política para o uso das TICs em prol da cidadania. É imprescindível que as redes de ensino sejam mais apoiadas neste processo de adaptação”, sugere Guilherme Alves.

    Como foi feita a análise?

    As análises foram feitas integralmente a partir das respostas à LAI. A SaferNet usou a LAI buscando dar integridade aos dados gerados. 

    Entretanto, a SaferNet não sugere o uso desse levantamento para uma comparação direta da situação entre as diferentes redes estaduais, mas sim como um mapeamento sobre a como cada secretaria entende a aplicação de componentes curriculares a respeito do uso seguro e consciente de tecnologias.

    Isso se deve ao fato de que as respostas dadas pelas UFs dependem da interpretação dada às perguntas feitas pela SaferNet pelas pessoas envolvidas na elaboração das respostas, pela importância e comprometimento que os gestores envolvidos dão ao cumprimento da LAI, além dos riscos inerentes de as respostas estarem sujeitas à inconsistências e falhas nos registros. 

    Com as respostas em mãos, a SaferNet analisou o título e as ementas dos componentes curriculares e as propostas contidas na BNCC e na BNCC Computação. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. 

    A Safernet também promove o uso seguro e consciente da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital, realizada em parceria com o Governo do Reino Unido, como parte do Digital Access Programme (DAP). 

    A Disciplina de Cidadania Digital é um programa completo de aulas que pode ser ministrado nos dois últimos anos do Ensino Fundamental e no Ensino Médio por educadores de qualquer disciplina. A disciplina pode ser usada em todo ou em parte e pode ser adaptada inclusive em situações de internet indisponível ou intermitente. 

    Em três anos, a disciplina já alcançou mais de 61 mil estudantes, e é aplicada por 535 professores, em 463 escolas de 23 UFs e em 321 municípios. O curso da disciplina para formação de educadores já alcançou quase 25 mil pessoas em todo o país. 

    Texto publicado em 18/03/2025

    Mais informações à imprensa
    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    SaferNet Brasil
    11-98100-9521

  • SaferNet participa do lançamento do guia “Crianças, Adolescentes e Telas”

    / / Comportamento Online / Por marcelo / 2 semanas 6 dias atrás

    A SaferNet participou na última terça-feira (11), na sede do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, em Brasília, do lançamento do “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”, que traz recomendações baseadas em evidências científicas para ajudar famílias, educadores, gestores e toda a sociedade a tomar decisões sobre o tema, e serve de base às políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência social e proteção do Governo Federal.

    O guia foi elaborado por meio de um trabalho conjunto que envolveu sete ministérios do Governo Federal e 18 especialistas de diferentes instituições, incluindo a SaferNet Brasil, que participou ativamente do processo como representante da sociedade civil. 

    O presidente da SaferNet, Thiago Tavares, que esteve no lançamento, ressaltou a importância do amplo diálogo intersetorial para discutir temas sensíveis e construir consensos. “O guia é um documento dinâmico que será constantemente revisado e atualizado para refletir as rápidas mudanças no ecossistema digital”, afirmou.

    O que você vai encontrar no Guia?

    ✔ Impactos das telas na saúde

    ✔ Direitos digitais de crianças e adolescentes

    ✔ Bem-estar digital

    ✔ Como lidar com riscos e danos, como cyberbullying, desinformação e abuso online

    ✔ Oportunidades para educação digital e midiática

    ✔ Recomendações para um ambiente digital mais seguro

    Acesse o guia na íntegra aqui

    Discussão sobre telas deve ir além do tempo de uso

    A SaferNet participou de um debate realizado durante o lançamento do guia. Na ocasião, a diretora de projetos especiais da SaferNet, Juliana Cunha, ressaltou que na questão do uso das telas tão importante quanto o tempo é preciso analisar a qualidade das interações e experiências online das criança e dos adolescentes. 

    “A gente precisa considerar os diferentes tipos de uso. Você tem um uso que é muito passivo, você tem um uso que é mais ativo, você tem um uso que é interativo, um que é mais criativo de produzir coisas e também o tipo de conteúdo. Então, você tem um conteúdo de baixa qualidade, como por exemplo um conteúdo pesadamente comercial, e a questão do conteúdo potencialmente danoso, (como) automutilação, de maltrato contra animais, de violência gráfica. Então, não interessa só o tempo de tela porque você pode ser exposto a um conteúdo desse, de um minuto, e ele produzir muito mais danos se você usasse um jogo educativo por uma hora”, afirmou. 

    Juliana ressaltou também que nem todas as crianças e adolescentes são impactadas pelo uso de telas da mesma maneira. O impacto muda conforme a raça, classe social e gênero da criança. 

    “A gente sabe que as violências, especialmente o compartilhamento não consensual de imagens íntimas, são conteúdos cujo alvo principal são meninas e mulheres. Precisamos de estratégias que considerem essas diferenças. Que considerem essa diversidade”, afirmou. 

    Veja a fala completa de Juliana aqui, a partir de 4´48. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital. 

    Texto publicado em 12/03/2025

    Safernet Brasil
    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    (11) 98100-9521

  • SaferNet encaminhou ao MPF denúncia sobre adolescente que planejava atentado em SP

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 4 dias 14 horas atrás

    A denúncia enviada à SaferNet levou à apreensão de um adolescente de 15 anos que planejava um atentado a uma escola de ensino fundamental na cidade de Embu das Artes, em São Paulo. A SaferNet encaminhou a denúncia ao Ministério Público Federal em São Paulo e uma tragédia foi evitada. 

    Um usuário da internet realizou a denúncia de apologia e incitação a crimes contra a vida de forma anônima pela Central Nacional de Crimes Cibernéticos, mantida pela SaferNet e conveniada com o MPF. 

    O Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF iniciou a apuração e identificou o adolescente, que cursa o primeiro ano do ensino médio. 

    O MPF apurou que nas redes sociais e nas chamadas deep e dark web (conteúdo da internet que escapa dos mecanismos de busca), a existência de um perfil anônimo que falava em “voltar no lugar que te fizeram sofrer pra retribuir tudo que passou sem sentir remorso nem empatia”. No mês passado, o mesmo perfil postou que “daqui a alguns meses, estarei deixando minha casa pela última vez, e nunca mais eu vou voltar.”

    Após a identificação do adolescente, a Polícia Civil foi acionada pelo MPF e fez a apreensão do garoto. Na casa, foi encontrado um simulacro de arma de fogo (imitação de uma arma verdadeira) e fogos de artifício. 

    Ouvido, o adolescente teria confessado o planejamento e disse que comprava os fogos de artifício para armazenar a pólvora com a qual planejava preparar uma bomba caseira para usar no atentado. 

    Segundo reportagem do SBT, o jovem planejava atacar a escola em que havia cursado o ensino fundamental e onde ele afirma ter sofrido bullying. A mesma reportagem afirma que conversou com alunos da escola em que o jovem estuda atualmente e que o comportamento dele se inverteu e hoje ele é quem pratica bullying. 

    O adolescente está internado provisoriamente na Fundação Casa por 45 dias. Nesse prazo, o caso tem que ser julgado pela Justiça. A pena máxima por ato infracional cometido por adolescentes é de três anos de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. 

    Denunciar é simples

    Denunciar à central da SaferNet é simples: basta copiar e colar no formulário do www.denuncie.org.br o link da página, grupo, comunidade, canal ou qualquer outro conteúdo publicamente disponível na web e que suspeita que seja criminoso. Nossa central permite o total anonimato dos denunciantes.

    A SaferNet mantém convênio com o Ministério Público Federal e encaminha para lá apenas links diferentes entre si, excluindo denúncias repetidas, para facilitar o trabalho do MPF e evitar a eventual abertura de procedimentos de investigação em duplicidade. 

    O crime de apologia e incitação a crimes contra a vida foi o terceiro mais denunciado à Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da SaferNet no ano de 2024. A SaferNet recebeu 2710 denúncias desse tipo de crime ano passado. 

    Nos 19 anos de atividade da central de denúncias da Safernet recebeu 149.834 denúncias únicas por esse tipo de crime. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital. 

    Texto publicado em 18/02/2025

  • Professor da Bahia vence o Prêmio Cidadania Digital em Ação

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 2 semanas atrás

    O professor Reginaldo Silva Araújo, do Colégio Estadual do Campo Filinto Justiniano Bastos, na cidade de Seabra, Bahia, foi o 1º colocado na segunda edição do Prêmio Cidadania Digital em Ação, cuja classificação foi anunciada ontem à tarde, durante o evento principal da 17ª edição Dia da Internet Segura, que acontece em São Paulo. 

    O prêmio foi criado para celebrar professoras e professores que, por meio de metodologias inovadoras e participativas, promoveram a transformação social e o engajamento de estudantes a se tornarem cidadãos críticos e conscientes nos ambientes digitais no ano letivo de 2024. Foram considerados pela comissão julgadora relatos criativos e inovadores que destacaram o protagonismo estudantil, engajamento com a comunidade, empoderamento digital e boas práticas pedagógicas.

    A iniciativa integra o projeto gratuito da Disciplina de Cidadania Digital, uma parceria da ONG Safernet Brasil e do Governo do Reino Unido no âmbito do Programa de Acesso Digital (Digital Access Programme, DAP). O objetivo do projeto é apoiar escolas públicas e secretarias de educação na criação de um currículo sobre uso seguro e consciente das tecnologias para o ensino médio e os anos finais do ensino fundamental. Professores que aderem ao projeto têm acesso a planos de aula, curso de formação, atividades de mentoria e podem se inscrever na premiação. 

    “De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, que orienta os currículos do ensino infantil, fundamental e médio, todas as escolas devem ensinar sobre cultura, cidadania e segurança digital. Mas sabemos que existem muitos desafios para que isso seja verdade, em especial nas escolas públicas. O prêmio é uma estratégia de dar visibilidade para professoras e professores que, a despeito desses muitos desafios, realizaram em 2024 um trabalho incrível de orientar seus estudantes a usar a internet e as tecnologias digitais de uma forma mais crítica. Eles são protagonistas de uma mudança cultural, onde temas como prevenção a violência online, ciberbullying, privacidade e proteção de dados, entre outros, passam a fazer parte da formação cidadã dos nossos estudantes”, explica Guilherme Alves, gerente de projetos na Safernet Brasil e coordenador do projeto.

    "É com grande satisfação que apoiamos a segunda edição do Prêmio Cidadania Digital em Ação, uma iniciativa que reconhece o empenho de educadores na promoção de um ambiente digital seguro e inclusivo. Por meio do Programa de Acesso Digital, o Reino Unido reafirma seu compromisso em colaborar com projetos que incentivam jovens a se tornarem cidadãos digitais conscientes e preparados para o mundo online e a fazerem parte de ecossistemas digitais que enfrentem os desafios de desenvolvimento de suas comunidades”, afirma Mariana Cartaxo, assessora sênior e diretora do Programa de Acesso Digital da Embaixada Britânica no Brasil.

    Veja como ficou a classificação final da edição 2024 do prêmio

    1º lugar - Reginaldo Silva Araújo - Colégio Estadual do Campo Filinto Justiniano Bastos - Seabra (BA)

    Mesmo sem internet o tempo todo na escola, o professor realizou com cerca de 100 estudantes do 2º e 3º ano do ensino médio uma série de atividades focadas em bem-estar online, abordando o combate ao racismo, a inclusão de pessoas com deficiência, o uso seguro da inteligência artificial e a educação midiática. Uma importante iniciativa foi o “Café das Origens”, iniciativa de resgate e valorização das ancestralidades negras e indígenas dos estudantes. Uma aluna participou de um concurso estadual de redação e ficou em segundo lugar. 

    Logo após o prêmio, Reginaldo conversou com a equipe de comunicação da SaferNet e contou sobre uma das iniciativas que ele desenvolveu com a ajuda da disciplina, o projeto Games Transformadores, com a participação de “grupos étnicos e raciais, para fazer com que os nossos estudantes do campo e quilombola pudessem expressar suas potencialidades e combater todos os preconceitos, ter práticas antirracistas e serem valorizados no mundo digital também”, disse. 

    Cada professor premiado pode vir acompanhado de um estudante. Poliana Silva Fraga foi a representante da turma. Ela disse ter ficado eufórica com a conquista do professor, dela e de seus colegas. “É uma grande euforia para receber esse prêmio. Eu não estava muito ansiosa, mas depois que eu percebi que estava chegando perto, eu comecei a ficar muito gelada. E é enorme o prazer de estar aqui, de conhecer, de ter essas novas experiências e poder levar esse troféu para a escola e uma medalha para casa”, disse ela. 

    Conheça mais detalhes do relato de Reginaldo

    2º lugar - Adrieli Silva dos Reis Andreatta - Escola Municipal José Eurípedes Gonçalves - Campina Grande do Sul (Paraná) 

    A professora adaptou o plano de aulas da disciplina para uma turma de 28 estudantes do 3º ano do ensino fundamental. Foram realizadas diferentes ações para sensibilizá-los sobre os riscos online e a necessidade de ensinar sobre empatia e respeito nos ambientes digitais. Foram desenvolvidos um ebook, gincana, um jogo para que os estudantes jogassem com suas famílias, cineclube e dinâmicas. Este foi o primeiro ano em que a professora Adrieli usou a disciplina.

    3º lugar - Alyne de Assunção Castro - Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Lions Jangada (rede estadual) - Fortaleza (Ceará)

    A professora conduziu atividades sobre temas de ciberbullying, respeito e empatia, e saúde emocional com 325 estudantes de Ensino Médio. Foram criados materiais digitais de conscientização sobre violências online, especialmente ciberbullying, e os "Murais dos sentimentos", construídos colaborativamente na escola como uma forma de discutir emoções, saúde mental e impactos das interações online na vida dos adolescentes e jovens. Outra iniciativa foi um jogo para debater ética na inteligência artificial.

    Conheça o relato de Alyne

    4º lugar -  Manoel Messias da Silva - Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT) João Pereira Gomes Filho (rede estadual) - João Pessoa (PB)

    O professor realizou muitas ações diferentes ao longo do ano com os 120 alunos do 1º e 2º ano da ECIT, que integra a rede estadual paraibana. O destaque dessas ações está no protagonismo dos estudantes, que criaram diferentes conteúdos para debater sobre ciberbullying e uso consciente das redes sociais. Em videocasts, os estudantes debateram os riscos que vivenciam na internet e as percepções que têm sobre como usar as redes de forma mais consciente, segura e responsável. 

    Conheça o relato de Manoel

    5º lugar - Hery Tiago Fernandes de Oliveira - Escola Municipal e Centro de Formação Joana Alves de Lima - Parnamirim (Rio Grande do Norte)

    O professor realizou diversas ações para alunos do 6º ao 9º ano do fundamental. Foi criado o site JoanaLAB, do laboratório de informática da escola, que serviu como espaço centralizado para informações e materiais destinados à comunidade escolar. O professor organizou as aulas de maneira específica por turma, usando jogos, rodas de conversa, postagens no Instagram da escola e vídeos. Foi organizado o Dia D de Combate à Violência e à Insegurança na Internet, com a participação de toda comunidade escolar. 

    Conheça o relato de Hery

    Disciplina já chegou a quase 463 escolas

    Em seu terceiro ano letivo de aplicação, a Disciplina de Cidadania Digital foi implementada por  professores(as) em 463 escolas brasileiras para mais de 61 mil estudantes de 23 estados e 321 cidades. 

    O projeto disponibiliza gratuitamente um caderno de aulas para professores, com roteiros completos que podem ser aplicados em sala de aula. Além disso, há um curso de formação online para profissionais da educação, que segue com turmas regulares em 2025. Em dois anos, quase 25 mil professores de todo o Brasil se matricularam no curso da SaferNet, disponível na plataforma Avamec, do MEC. 

    A disciplina tem cinco módulos que tratam dos temas:

    Bem-estar e saúde emocional;
    Segurança e privacidade na Internet;

    Respeito e empatia nas redes;

    Relacionamentos seguros online;

    Cidadania digital para todos e todas.

    Prêmios e viagem

    Todos os professores finalistas ganharam um notebook. A escola receberá um troféu. Alunos e professores receberam medalhas, certificados e brindes do projeto. Cada professor finalista e um estudante que foi aluno da experiência relatada ao prêmio viajaram à São Paulo com tudo pago pela SaferNet para participarem da premiação durante o Dia da Internet Segura.

    Dia da Internet Segura 2025

    O Dia da Internet Segura (Safer Internet Day, SID, em inglês) é uma data global celebrada desde 2004 e é uma iniciativa das redes Insafe-INHOPE e da Comissão Europeia. No Brasil, a data é comemorada desde 2009 sob a coordenação da SaferNet Brasil, que integra a rede INHOPE e é parceira da Rede Insafe para a região. O evento principal do SID Brasil 2025 acontece em 11 e 12 de fevereiro, em São Paulo, com correalização do do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e do Comitê Gestor da Internet no Brasil. 

    Sobre a SaferNet

    A Safernet existe desde 2005 e tornou-se a ONG brasileira de referência na promoção dos direitos humanos na internet. Com uma abordagem multissetorial, atua no combate a crimes cibernéticos contra os Direitos Humanos, no acolhimento de vítimas de violência online e em programas de educação, prevenção e conscientização. A Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, conveniada ao Ministério Público Federal e o Canal de Ajuda, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online. A Safernet promove o uso seguro da internet com projetos educacionais como a Disciplina de Cidadania Digital. 

    Embaixada do Reino Unido

    A Embaixada do Reino Unido é a principal missão no país responsável pelas relações bilaterais entre o Reino Unido e o Brasil.

    Texto publicado em 12/02/2025

    Safernet Brasil
    Marcelo Oliveira
    Assessor de Imprensa
    (11) 98100-9521

    Embaixada do Reino Unido
    Adriana Masetti
    Diretora-Adjunta de Comunicação e Diplomacia Pública
    (11) 98247-9382

  • Cristo Redentor é iluminado com as cores do Dia Internet Segura

    / / Segurança Digital / Por marcelo / 1 mês 2 semanas atrás

    Nesta terça-feira, 11 de fevereiro, o Cristo Redentor ficou iluminado por uma hora de laranja e azul para marcar o Dia da Internet Segura 2025. Esta é a 22ª edição global do Safer Internet Day e a 17ª no Brasil. A ação é uma parceria entre o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, o Ministério Público Federal (MPF) e a SaferNet Brasil, que já ocorre há 6 anos.

    “A iluminação da imagem do Cristo Redentor nas cores da internet, no Dia da Internet Segura, visa recordar a importância da educação para o uso seguro e responsável da internet por todos, em especial, pelas crianças e adolescentes”, afirma a Procuradora Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro e coordenadora adjunta do Grupo de Atuação especial no Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF, Neide Cardoso de Oliveira.

    “O mundo virtual que, em princípio se opõe ao presencial, não deixa de ser real. Logo, o uso ético e responsável dessas ferramentas de comunicação torna-se o fundamento primaz para a segurança desejada”, destaca o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar.

    Outra iniciativa para o Dia da Internet Segura 2025 é a realização do evento principal sobre a data organizado no Brasil pela SaferNet e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Realizado em dois dias, o evento termina nesta quarta-feira (12/02), em São Paulo.

    Durante toda a manhã haverá debates sobre ransomware (sequestro de dados). Na pauta de discussões estão temas como segurança e cidadania digital, violência sexual online contra crianças e adolescentes e radicalização e extremismo na rede.

    Com o tema “Unidos para uma Internet mais positiva”, o Dia da Internet Segura é celebrado em mais de 180 nações, mobilizando diferentes setores da sociedade na promoção de um ambiente digital mais seguro, ético e responsável.

    A programação completa do evento está no site https://www.diadainternetsegura.org.br/agenda/ 

    Safer Internet Day

    Data global celebrada desde 2004, o Safer Internet Day é uma iniciativa das redes InsafeINHOPE e da Comissão Europeia. No Brasil, ela é comemorada desde 2009 sob a coordenação da SaferNet Brasil, que integra a rede INHOPE e é parceira da Rede Insafe para a região, e do NIC.br e CGI.br na realização dos “eventos-hub” ao longo desses anos.

    A edição de 2025 tem o apoio institucional de Governo Federal, MPF, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Tribunal Superior Eleitoral, Polícia Federal, Embaixada do Reino Unido no Brasil, UNICEF, Safe Online, Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, Abranet e Febraban.

    Parceria entre Santuário, MPF e SaferNet

    Em agosto de 2024, o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor e o Ministério Público Federal firmaram um Termo de Cooperação em prol da defesa de direitos na internet e da prevenção de crimes cibernéticos. Em solenidade aos pés do monumento ao Cristo Redentor, o MPF, no Rio de Janeiro, por suas unidades na 1a e 2a instância de atuação (PRR2 e PRRJ), e o Santuário Cristo Redentor selaram esse acordo para uma atuação conjunta na conscientização das pessoas por uma internet mais segura. A SaferNet aderiu à cooperação.

    A cada ano a partir do acordo, o monumento ao Cristo Redentor ficará iluminado em alusão ao Dia da Internet Segura (Safer Internet Day).

    Texto publicado em 11/02/2025 e reeditado em 12/02/2025

    SaferNet Brasil
    Assessoria de Imprensa
    Marcelo Oliveira
    11-98100-9521

  • Canal de Ajuda da SaferNet registra aumento de 79% em atendimentos por questões de saúde mental

    / / Crimes na Web / Por marcelo / 1 mês 2 semanas atrás

    O Helpline, canal de ajuda da SaferNet, registrou um aumento de 79% em atendimentos de pessoas com algum tipo de problema de saúde mental, incluindo relacionados com o uso da internet. Foram 204 atendimentos desse tipo em 2024 contra 114 em 2023. Os indicadores do canal de ajuda em 2024 estão sendo divulgados hoje no evento principal do Dia da Internet Segura, em São Paulo.

    Segundo a psicóloga Juliana Cunha, diretora de projetos especiais da SaferNet, responsável pelo canal de ajuda, esse aumento se deve “ao excesso de exposição às telas e seu impacto na saúde e bem estar das pessoas, o que tem sido uma preocupação grande nas escolas e famílias, e ganhado cada vez mais relevância no debate público, incluindo também a busca dos próprios usuários por mais ajuda sobre este tópico”.

     

    O Helpline, como um todo, registrou aumento de 26% no número de atendimentos. Foram 1.617 casos em 2024 ante 1.285 em 2023. 

     

    As questões de saúde mental ficaram em terceiro lugar no ranking geral de atendimentos, superadas somente por exposição de imagens íntimas, com 268 atendimentos, e problemas com dados pessoais, com 246 casos. Fraudes, golpes e e-mails falsos ficaram em quarto, com 185 atendimentos e Violência Online / discurso de ódio fechou o top 5, com 130 casos. 

    Outros dois tipos de atendimento que chamaram a atenção em 2024 foram para pessoas com problemas com compras online, que saltou de 23 para 63 casos, um aumento de 174%, e de pessoas pedindo orientação sobre como proceder sobre imagens de abuso e exploração sexual infantil, que teve aumento de 14%. 

    O Helpline é um canal online e gratuito e oferece orientação de forma pontual e informativa e também esclarece dúvidas sobre segurança na Internet e como prevenir riscos e violações, tais como intimidação, humilhação e intimidação sistemática (ciberbullying), troca e divulgação de mensagens íntimas não-autorizadas (sexting ou nudes vazados), encontro forçado ou extorsão com fins sexuais (sextorsão), uso excessivo de jogos na Internet e envolvimento com desafios perigosos. O atendimento pode ser por chat individualizado ou e-mail. 

     

    Denúncias têm queda de 34% em 2024

     

    A Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da SaferNet (www.denuncie.org.br) registrou queda de 34% no número de denúncias novas (não repetidas) em 2024. A ONG recebeu ano passado 100.077 denúncias ante as 150.847 de 2023.  

     

    Em 2024, a SaferNet recebeu 52.999 novas denúncias (não repetidas) de crimes relacionados a imagens de abuso e exploração sexual infantil (“pornografia infantil”), 26% menos que as 71.867 de 2023, que continua sendo o recorde absoluto da série histórica iniciada em 2006. Os indicadores da central de denúncias da SaferNet estão sendo divulgados hoje no evento principal do Dia da Internet Segura, em São Paulo.

    “Apesar da queda, o número de denúncias de crimes envolvendo imagens de abuso e exploração sexual recebidas pela Safernet em 2024 é a quarta maior marca da série histórica, iniciada há 19 anos”, afirma o presidente da SaferNet, Thiago Tavares. 

    Além disso, explica Tavares, apesar de ter havido menos denúncias, a complexidade e a gravidade dos casos aumentaram, e mais casos têm sido investigados pelas autoridades brasileiras. A Polícia Federal realizou, em 2023, por exemplo, 1074 operações de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes contra 502 em 2022, um aumento de 114%.  

     

    Contribuíram para a queda no caso brasileiro: 

     

    • Uso crescente de aplicativos de criação de nudes com inteligência artificial em escolas, mostrando a necessidade urgente de controlar o acesso dessas tecnologias por crianças e adolescentes;

    • Aumento da oferta de imagens de abuso e exploração sexual infantil em aplicativos de mensagens, em especial o Telegram, impulsionadas por links divulgados em mídias sociais, especialmente o X e Instagram, em circuito fechado (grupos e canais do Telegram e contas reserva e “close friends” no Instagram), dificultando a denúncia. 

    • Crimes de ódio também têm queda 

     

    A SaferNet recebeu 14.108 denúncias únicas de crimes de ódio em 2024, uma queda de 49% em relação a 2023. 

     

    O ano de 2024 foi o primeiro ano eleitoral desde 2018 em que a ONG recebeu menos denúncias de crimes de ódio do que em relação ao ano anterior. Nos anos eleitorais de 2018, 2020 e 2022, a SaferNet recebeu mais denúncias desse tipo de crime que no ano anterior. 

     

    Dos crimes denunciados à SaferNet são crimes de ódio o racismo, a intolerância religiosa, a xenofobia, o neonazismo, a LGBTfobia, a misoginia e a apologia a crimes contra a vida. 

     

    Denunciar à central da SaferNet é simples: basta copiar e colar no formulário do www.denuncie.org.br o link da página, grupo, comunidade, canal ou qualquer outro conteúdo publicamente disponível na web e que suspeita que seja criminoso. Nossa central permite o total anonimato dos denunciantes, o que é especialmente crucial em casos relativos a imagens de abuso e exploração sexual infantil.  

     

    A SaferNet mantém convênio com o Ministério Público Federal e encaminha para lá apenas links diferentes entre si, excluindo denúncias repetidas, para facilitar o trabalho do MPF e evitar a eventual abertura de procedimentos de investigação em duplicidade. 

     

    A Safernet é uma organização não governamental de defesa dos direitos humanos na internet que existe desde 2005 e mantém a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, que recebe denúncias de usuários da internet sobre 11 crimes. A central é conveniada com o Ministério Público Federal, que recebe apenas os links diferentes entre si e os analisa para verificar se há ou não indícios suficientes de crime. O canal de denúncias da SaferNet permite e garante o anonimato dos denunciantes, o que pode ser crucial, especialmente em casos de abuso sexual.

     

    Texto publicado em 10/2/2025 

     

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    SaferNet Brasil

    Marcelo Oliveira
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