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  • Nota sobre ataque na escola em Suzano

    / / Comportamento Online / Por rodrigonejm / 5 anos 8 meses atrás

    Estudos da The American Psychological Association apontam que a busca pela notoriedade e pela fama é uma das motivações mais recorrentes dos assassinos que promovem massacres. Assim, quando a imprensa decide concentrar seus esforços em vasculhar a vida do criminoso e especular sobre suas intenções, ela está exatamente garantindo a visibilidade que o assassino normalmente busca. E não importa que ele tenha ideação suicida ou seja morto. Outro ponto crítico é mostrar os nomes dos grupos, sites, anotações, livros e demais materiais usados no planejamento dos ataques. Mostrar os detalhes sobre como acessar os conteúdos e fóruns de apologia à violência tem efeito tutorial e muito prejudicial.

    A exposição massiva na imprensa é o troféu para grupos que estimulam ataques violentos na internet. E é também a chancela do legado de vida do criminoso. Assim, forma-se um círculo vicioso. Sites de projetos que defendem uma mudança na forma de relatar crimes como assassinatos em série, como o No Notoriety e oDon't Name Them, explicam bem como essa lógica funciona.
    Sabemos que para um jornalista pode ser muito sedutor tentar desvendar a cabeça de um assassino em massa. Também concordamos que há uma curiosidade da audiência por detalhes de crimes bárbaros. Mas por trás de uma tragédia como Suzano há mais do que criminosos. Há vítimas que tiveram suas vidas ceifadas. Há os heróis e heroínas que evitaram que o massacre fosse ainda maior. Por que não se concentrar nessas histórias?

    Pais e educadores também têm um papel importante. Destacamos algumas orientações e informações para concentrarmos a atenção neste momento tão triste:
    Não há um perfil definido para os atiradores

    • Em geral, há preparação e sinais prévios;
    • As motivações são plurais e não determinadas por um único fator/episódio/aspecto isolado. Bullying, jogos violentos, grupos on-line, conflitos interpessoais e a "deep web" não transformam ninguém em um assassino, mas podem influenciar comportamentos e estimular radicalização;

    Fique atento aos sinais de alerta em casa e na escola

    • Reações extremas e comportamentos agressivos repentinos em situações pontuais podem ser sinal de dificuldade de regulação emocional e controle da raiva;

    • Isolamento social, desconexão repentina com atividades escolares, mudança nos hábitos de sono e alimentação;

    • Expressão de sentimento de perseguição e verbalização de planos de vingança (nas conversas na escola ou na Internet);

    • Fascinação e obsessão por armas, publicações de fotos e vídeos com exaltação do uso de armas;

    • Pesquisas excessivas na Internet sobre ataques, tragédias e conteúdos de apologia à violência;

    • Glorificação de ataques e de atiradores;

    A tecnologia sozinha não tem culpa

    • O uso da criptografia é importante para garantir o direito à privacidade e a livre comunicação. Para o combate a crimes na internet e na chamada deep web, deve-se fortalecer mecanismos de investigação e a cooperação internacional entre autoridades.

    Prevenir para proteger

    • Alunos precisam ser educados para diferenciar zoeira de discriminação, intimidação e humilhação. Isso não é "mimimi", é cultura de respeito e cidadania;

    • Investir em educação socioemocional é uma forma de investir em relações sociais mais saudáveis, logo mais seguras;

    • Ações de acolhimento e valorização da diversidade ajudam a construir ambientes mais saudáveis;

    • Crianças e adolescentes precisam de apoio para aprender a expressar suas emoções e sentimentos.

    • É preciso garantir o cuidado com a saúde mental e emocional também dos educadores e profissionais das escolas;

    • Capacitar professores e oferecer recursos para implementação de ações de promoção de convivência pacífica como preconizado pela Lei 13.185/2015 e na própria LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação);

    • Estimular iniciativas de resolução pacífica de conflitos fortalece a solidariedade no contexto da escola.

    Se for o caso, denuncie

    • Crimes de incitação à violência na Internet? Acesse
      www.denuncie.org.br

    • Crimes de incitação à violência fora da Internet? Acesse a Sala do Cidadão do MPF
      www.mpf.mp.br/sac

    As redes sociais e as principais plataformas online não permitem publicação de conteúdos de apologia à violência com ameaças a alvos ou planejamento de ataques. Denuncie postagens suspeitas.

    Facebook
    Youtube
    Instagram

    Após tragédias como a de Suzano é muito importante criar espaços seguros para acolher o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares. Que o triste episódio estimule a criação de mais iniciativas de promoção da cultura de paz.

    Atualizada em 16/03/2019

  • Alerta sobre vídeos da "MOMO"

    / / Comportamento Online / Por rodrigonejm / 5 anos 8 meses atrás

    Em agosto de 2018, a SaferNet Brasil publicou um artigo no site com orientações para pais e educadores sobre o suposto desafio que colocava em risco a segurança de crianças e adolescentes. O assunto voltou recentemente à imprensa no Brasil quando um veículo de comunicação publicou o relato de uma família que denunciava que o conteúdo impróprio e ofensivo teria aparecido em meio a um vídeo destinado ao público infantil, no YouTube Kids.

    É preciso cautela. No último dia 28 de fevereiro, informações da agência de checagem de notícias Snopes apontaram para o ressurgimento da campanha de desinformação em torno da "Momo", associando-a ao suicídio de crianças. A reportagem contestava informações originalmente publicadas em um veículo de imprensa nos Estados Unidos. Uma narrativa semelhante foi reproduzida nas recentes reportagens publicadas a partir da denúncia da família no Brasil. Até esse momento, os vídeos que continham o personagem só apareciam em correntes no Whats App, sem nenhuma evidência de que tais conteúdos estivessem disponíveis no YouTube ou no aplicativo YouTube Kids.  

    Aja com responsabilidade. Caso receba conteúdos, fotos ou vídeos que sejam uma ameaça à segurança de crianças e adolescentes de números desconhecidos, bloqueie o contato no WhatsApp.Caso o material tenha sido publicado em um grupo que você faça parte ou de um número de um conhecido, evite repassar a informação sem checar a origem. Desconfie sempre de correntes alarmistas no WhatsApp. Elas causam o efeito reverso, aumentando a curiosidade sobre o conteúdo e, consequentemente, sua busca. Também jamais exiba esse tipo de conteúdo para crianças e adolescentes. Pais e educadores podem e devem alertar sobre a existência de vídeos e notícias perigosas na internet, mas abrindo a possibilidade para um diálogo: crianças e adolescentes devem se sentir seguros para compartilhar e conversar com os responsáveis caso sejam impactados por conteúdos violentos.

    Por fim, denuncie qualquer material que seja uma ameaça à segurança de crianças e adolescentes. A SaferNet mantém um canal de denúncias anônimas para crimes cibernéticos. As próprias redes sociais também têm ferramentas para denúncias de conteúdos impróprios.

    Facebook

    Youtube

    Instagram

    Twitter

    A Safernet também possui um canal de ajuda para orientar pais e responsáveis sobre como proceder em situações semelhantes.

    Casos como esse reforçam a importância de apoiarmos iniciativas de combate à desinformação na internet, necessárias para a construção de uma Internet mais segura e cidadã.

    Equipe SaferNet Brasil
    Atualizado em 18/03/2019

  • Helpline Brasil: Como Buscar Ajuda com Violações na Internet

    / Atendimento / Comportamento Online / Por admin / 6 anos 7 meses atrás

  • Suposto desafio da "MOMO"

    Dados Pessoais / / Segurança Digital / Por rodrigonejm / 6 anos 3 meses atrás

    07 de Agosto de 2018 - Alerta sobre suposto desafio “da MOMO" - Recomendações da Safernet Brasil e alerta para pais e educadores

    * Confira também a Nota de 2019 sobre os vídeos relacionados a "MOMO". 

    Nos últimos dias, a SaferNet Brasil vem acompanhando a preocupação de pais e educadores sobre mais um suposto desafio, desta vez chamado de "MOMO". Esta é mais uma situação em aplicativos de mensagem que explora a curiosidade dos usuários para cometer golpes, roubo de dados ou ameaças mais graves como a extorsão a partir de suposto desafio.

    Recomendamos que pais e educadores alertem crianças e adolescentes para bloquear o suposto usuário “MOMO”, não iniciar a conversa e não compartilhar informações com o perfil. Os profissionais da imprensa podem ajudar a lidar com o tema informando sobre os riscos sem disseminar os números. Como esta pode ser mais uma isca usada por criminosos pra roubar dados e extorquir pessoas na internet, quanto menor a divulgação, menor a audiência. 

    Como ocorre?
    Os usuários podem receber uma mensagem com pedido para iniciar uma conversa com um número desconhecido que envia convite com perguntas e desafios. Se os usuários caem na armadilha e aceitam o contato, seu número de celular, sua foto e demais informações disponíveis no perfil do aplicativo ficam acessíveis para o administrador do perfil “da MOMO”. 
    Em seguida, os golpistas podem buscar mais informações e ampliar as ameaças dizendo que sabem detalhes da vida da vítima, nomes de pessoas próximas e até senha de aplicativos (muitas vezes disponíveis na própria Internet em sites que agrupam vazamentos de senhas. Você pode conferir se sua senha já foi divulgada por algum vazamento massivo).

    Origem?
    Não há como precisar a origem, uma vez que este tipo de caso está relacionado às milhares de “lendas” e brincadeiras que circulam pela Internet. O problema é que golpistas e criminosos, com motivações variadas, se aproveitam da curiosidade ou até da brincadeira de alguns grupos online para chegar às vítimas e provocar danos concretos. A origem da imagem “assustadora” é japonesa e pertence a uma escultura de uma mulher-pássaro que foi exposta em 2016 numa galeria de arte em Ginza, distrito de Tóquio, atribuída a Keisuke Aisawa. Os números de celulares que provocam as ameaças ou disseminam os convites mudam conforme o fenômeno circula entre os países e cidades (mudam os prefixos de país e de cidade, os quatro primeiros dígitos depois do “+” no número do telefone).

    Riscos?
    Ainda que alguns promovam ou participem do suposto desafio por brincadeira ou curiosidade, os riscos justificam um alerta para que tod@s evitem e bloqueiem sem iniciar o contato. Há situações em que os desafios remetem a provocação de autolesão e que podem colocar as pessoas em risco de vida.

    Os riscos envolvem:
    -  dar acesso a informações pessoais (foto de perfil, status, número do celular etc.)
    - receber conteúdos impróprios ou violentos para determinadas faixas etárias
    - instalação de programas maliciosos para roubo de dados ou infecção dos aparelhos
    - ameaças de agressões e exposições on-line e off-line;
    - extorsão financeira e ameaças de morte
    - provocações para desafios que podem gerar dano ou estimular autolesão

    Alguns fazem por brincadeira e outros são criminosos profissionais que se aproveitam da "moda" para aplicar golpes. Quanto mais as pessoas respondem às perguntas, mais fornecem informações para os fraudadores. Os criminosos também arriscam aleatoriamente a partir de um número estrangeiro.

    O que fazer?
    Por isso, é fundamental orientar crianças e adolescentes a ter cuidado ao adicionar pessoas desconhecidas e orientá-las a bloquear contatos indesejados sem enviar nada.

    Veja como bloquear contatos no WhatsApp.

    Caso tenha participado e avalie que sofreu ameaça a sua integridade física, financeira ou emocional, a recomendação é buscar uma Delegacia de Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. Para isso, é preciso que a vítima possa exportar a conversa para ela mesma. O WhatsApp tem uma ferramenta que permite isso, veja informações aqui. Reportar com os detalhes sobre os números de telefone envolvidos pode ajudar o trabalho de investigação e prevenir novos casos.

    Caso tenha dúvidas sobre alguém que esteja sendo ameaçado, a SaferNet oferece um serviço gratuito de escuta, acolhimento e orientação especializada destinado a crianças, adolescentes, pais e responsáveis que estejam vivenciando alguma situação de risco ou violência online. Basta acessar o canal pelo chat ou email em: www.helpline.org.br

    Caso queira ajuda para proteger alguém com sofrimento emocional severo ou pensamentos suicidas, busque também apoio no www.cvv.org.br
    Inicialmente não podemos associar diretamente este desafio ao caso do Baleia Azul. Confira também as notas da SaferNet sobre o Baleia Azul e nos ajude a tratar com cuidado os temas relacionados ao sofrimento emocional. Nota 01 e Nota 02 sobre Baleia Azul.

    Recomendações?

    Lembramos que proibir o acesso a Internet pelos filhos, confiscar celular e monitorar o uso de aplicativos através de programas “espiões” são medidas pouco educativas e fadadas ao fracasso. Elas não previnem os riscos e compromete o vínculo de confiança que deve existir entre pais e filhos. A tentativa de eliminar qualquer exposição a riscos em espaços públicos como a Internet é praticamente impossível, e os pais e a Escola precisam conversar de forma franca e aberta sobre como os adolescentes podem lidar e responder a esses riscos. É parte do desenvolvimento saudável - e preparação para a vida adulta - que o adolescente desenvolva habilidades para lidar com os riscos à sua volta, isso se chama resiliência, que só pode ser desenvolvida enfrentando riscos num ambiente onde ele possa pedir ajuda e com espaço para falar sem prejulgamentos e reprimendas.

    Para mais orientações sobre o uso ético e seguro da rede, veja nossos recursos aqui e uma matéria que pode ajudar a debater os perigos destes desafios.

  • #PareSextorsão

    / Comunicação / Comportamento Online / Por rodrigonejm / 6 anos 6 meses atrás

  • Denuncie. Não ignore!

    / Comunicação / Crimes na Web / Por julianacunha / 7 anos 10 meses atrás

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