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  • Disciplina de Cidadania Digital é destaque em Minas Gerais

    / / Segurança Digital / Por admin / 1 ano 2 meses atrás

    Um total de 180 professores de 36 escolas de segundo grau localizadas em 21 municípios que integram a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Itajubá, no sul de Minas Gerais, estão matriculados e fazendo o curso EAD para conhecerem o caderno de aulas da Disciplina de Cidadania Digital, do programa criado pela Safernet e o Governo do Reino Unido no âmbito do Programa de Acesso Digital (DAP, na sigla em inglês). Com a capacitação, os educadores estarão mais preparados para ministrar a disciplina para alunos do ensino médio da rede estadual de ensino de MG. 

    Desses 180 profissionais, 117 já foram indicados pela Secretaria de Educação para aplicar a disciplina em sala de aula, o que torna a região de Itajubá a que tem mais professores, em todo o Brasil, que têm a intenção de transmitir esse conhecimento aos alunos. 

    O curso é gratuito e está sendo realizado online com suporte da Safernet Brasil, associação civil de direito privado sem fins lucrativos que atua há 17 anos na defesa dos direitos humanos na internet e na educação de jovens e adultos para o uso consciente das redes. Após as 40 horas/aulas do curso, professores de qualquer disciplina poderão replicar os conteúdos nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

    Gabriela Belini Gontijo é professora de Química e de Tecnologia e Inovação do ensino médio na Escola Estadual Coronel Carneiro Júnior, em Itajubá, e está feliz com o curso. “É simplesmente maravilhoso. O material tem a linguagem do aluno, priorizando o bem estar e a saúde mental. Interessante que todos os temas convergem para este ponto. Nós iremos, inclusive, no ano que vem, manter este material com este olhar. É uma abordagem mais reflexiva e acolhedora sobre os meios digitais”, afirmou em entrevista à Secretaria de Educação de MG. 

    A coordenadora do Núcleo de Tecnologia Educacional de Itajubá, Renata Abranches Osório, explica que a capacitação irá ocorrer em três etapas e abordará assuntos da realidade dos adolescentes. O curso trata de questões como bem estar e saúde emocional; rotinas digitais saudáveis; auto-imagem; comparação social; uso excessivo das redes sociais; segurança e privacidade na internet; rastros digitais; reputação online; respeito e empatia nas redes; cyberbullying; fake news; relacionamentos seguros online e cidadania digital para todos. Os gestores, de acordo com o perfil de sua escola, indicaram quais seriam os professores mais adequados para o curso, mas há escolas em que cerca de 80% dos professores estão participando da capacitação.

    “O mais importante da tecnologia é a utilização dela para a melhoria da aprendizagem. Essa parceria ampliou o nosso leque de capacitação na área tecnológica. O curso está atingindo os professores e, consequentemente, os alunos”, comemora o superintendente regional de ensino de Itajubá, Wagner Alexandre de Oliveira.

    Conheça a Disciplina de CIdadania Digital

    A Disciplina de Cidadania Digital foi lançada em fevereiro deste ano em evento na Embaixada do Reino Unidos em Brasília e, nesses 7 meses, está sendo ou já foi aplicada por educadores em mais de 124 escolas, de 104 cidades, em 10 estados e já beneficiou mais de 9300 estudantes. 

    A disciplina é gratuita e tem cinco módulos:

    bem-estar e saúde emocional; 

    segurança e privacidade na Internet;

    respeito e empatia nas redes; 

    relacionamentos seguros online; 

    cidadania digital para todos e todas. 

    O curso EAD foi criado para facilitar a familiarização de educadores com o material do curso e oferece uma navegação guiada ao caderno de aulas da Disciplina de Cidadania Digital. Ao navegar pelo conteúdo, os educadores podem compartilhar as principais reflexões e conceitos de cidadania digital, além de dicas para as metodologias ativas e recursos que podem ser experimentados pelo(a) educador(a) antes de aplicar estes conceitos em sala de aula.

    O curso é voltado para educadoras(es), orientadoras(es), gestoras(es) e outras equipes pedagógicas de escolas públicas ou privadas e secretarias de educação. Também podem se inscrever educadoras(es) sociais de ONGs e projetos que trabalham com adolescentes. 

    Atualmente, o curso está aberto para as escolas e redes de ensino que aderirem à Disciplina de Cidadania Digital (saiba mais aqui ), com cadastro de interesse aberto para outros educadores (saiba mais aqui).

    O objetivo do curso é fornecer aos profissionais da educação que o concluírem as ferramentas e conhecimentos necessários para que possam preparar estudantes para enfrentar os desafios e as oportunidades do mundo digital.

    O curso é autoinstrucional e a distância. O interessado navega pelos módulos sozinho e tem 60 dias para concluir as atividades, disponíveis no ambiente virtual Moodle da Safernet. Um certificado é oferecido aos participantes do curso. O documento é emitido diretamente da plataforma, após a conclusão das avaliações. 

    “Criar uma cultura de ensino para o uso seguro e consciente da internet e das tecnologias em toda a educação básica já é uma previsão da Base Nacional Comum Curricular e do Marco Civil da Internet. Sabemos que isso é desafiador, por isso a importância de parcerias como a realizada com a Secretaria de Educação de Minas Gerais, que está mobilizando educadores para a formação continuada de forma a deixá-los preparados para abordar o tema em sala de aula e apoiar estudantes que precisem de orientação”, afirma Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet Brasil e coordenador do programa.

    “A superintendência de Itajubá nos procurou para melhorar a formação dos professores e dos alunos na temática de segurança e cidadania digital. Eles já tinham um trabalho anterior nesse tema e o nosso projeto deu a eles mais suporte e ampliou a formação dos professores da região. Um dos pontos fortes do projeto é ajudar as redes de ensino a fortalecer essa temática, tornando-a mais presente no currículo e não como geralmente ela é abordada ao longo do ano, com uma palestra ou atividade pontual”, acrescenta Alves.

    Atualmente, já estão matriculados 539 educadores no curso EAD em 8 estados brasileiros. Um total de 180 professores são de Minas Gerais, que é o segundo estado do Brasil com mais professores. Em primeiro lugar está Santa Catarina. 

    O uso cidadão da internet é previsto pela Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCC), com a qual o EAD lançado agora é alinhado. A BNCC exige do aluno do ensino médio o domínio da cultura digital. O curso também está de acordo com disposições do Marco Civil da Internet, da Lei Geral de Proteção de Dados e de outras legislações sobre internet e educação. 

    A Safernet existe desde 2006 e tornou-se a ONG brasileira referência na promoção dos direitos humanos na internet. Desde sua criação, a Safernet mantém a Central Nacional de Denúncias, onde recebe denúncias de 10 crimes e os encaminha ao Ministério Público Federal com a qual a organização é conveniada. A Safernet também promove projetos de educação sobre o uso seguro da internet, que é o caso do Projeto da Disciplina de Cidadania Digital.

    Matéria publicada em 19/09/2023

    reportagem da EPTV Sul de Minas sobre capacitação de professores no curso de Cidadania Digital 

    Mais informações à imprensa

    Marcelo Oliveira

    Assessor de Imprensa

    Safernet Brasil

    11-98100-9521

    e

    Superintendência Regional de Ensino de Itajubá

    35-3629-9500

  • Safernet participa do Seminário Poder Judiciário e Internet e integra GT do TJBA sobre proteção de direitos no ambiente digital

    / / Segurança Digital / Por admin / 1 ano 2 meses atrás

    Discursos de ódio, discriminação, desinformação e o papel da Justiça na proteção da criança e do adolescente no meio virtual. Esses e outros temas foram discutidos durante o Seminário “Poder Judiciário e Internet: desafios para proteção de direitos no ambiente digital”, promovido pela Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça da Bahia (CGJ-TJBA), em parceria com a Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

    Com um elenco plural de palestrantes, que incluiu o fundador e diretor-presidente da Safernet, Thiago Tavares, o evento ocorreu no auditório do prédio-sede do Judiciário baiano, na quarta-feira (13). A ação, que tem apoio do Presidente do TJBA, desembargador Nilson Soares Castelo Branco, integra o projeto voltado à qualificação da atuação do Poder Judiciário e da sua relação com demais instituições para a proteção de direitos no ambiente digital.

    Assista as palestras na íntegra

    Após a mesa de abertura, pela manhã ocorreu a aula magna do Juiz do TJBA Pablo Stolze Gagliano, seguida do painel sobre “Discurso de ódio, discriminação e desinformação na internet”, apresentado por Samara Castro, Diretora da Secretaria de Políticas Digitais (SPDIGI), e pela Pesquisadora Giulia Tucci, com mediação de Clériston Cavalcante da SPDIGI.

    Giulia Tucci salientou a urgência na ampliação do debate e implementação de medidas para regulação das plataformas. “O uso de tecnologia para espalhar desinformação e propagar o ódio não é novo. O que viemos enfrentando desde o advento e popularização da internet é a amplificação disso”.

    “É importante perceber que a mesma rede social que utilizamos para obter coisas boas, também obtemos conteúdos que não são tão interessantes”, pontuou o mediador Clériston Cavalcante.

    À tarde, as discussões foram concluídas com as palestras: “O Poder Judiciário e a proteção de crianças e adolescentes na internet”, apresentada pelo promotor de Justiça aposentado Júlio de Almeida e pelo fundador e diretor-presidente da Safernet Brasil, Thiago Tavares, com mediação da juíza da CGJ Patrícia Didier; e “Produção de provas e crimes virtuais”, pelo delegado da Polícia Federal Stênio Souza e o professor Vinícius Assumpção.

    “Um terço dos brasileiros e brasileiras que têm acesso à internet são crianças ou adolescentes. Por serem pessoas em desenvolvimento, elas são especialmente vulneráveis a situações diversas,” explicou Thiago Tavares. “Essa iniciativa do TJBA é pioneira. Esperamos que a partir dessa inovação, o Poder Judiciário brasileiro possa se inspirar”.

    TJ-BA cria GT para a proteção de direitos no ambiente digital 

    A fim de propor medidas para a qualificação da atuação do Poder Judiciário em relação à proteção de direitos no ambiente digital, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), presidido pelo Desembargador Nilson Soares Castelo Branco, por meio da Corregedoria Geral de Justiça, em parceria com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, instituiu em agosto um Grupo de Trabalho (GT) específico para tratar do assunto.

    As tarefas do GT e seus integrantes estão listados na portaria da CGJ que estabeleceu o grupo.O diretor-presidente da Safernet, Thiago Tavares, integra o grupo. 

    De acordo com o Corregedor-Geral, desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, essa iniciativa, tem grande relevância para a atividade cotidiana dos magistrados, que, cada vez mais, têm se deparado com conflitos envolvendo fatos praticados unicamente no âmbito digital.

    Já o Diretor do Departamento de Direitos na Rede e Educação Midiática, da Secretaria de Políticas Digitais da SECOM/Presidência da República, Victor Martins Pimenta, disse esperar “que as orientações e medidas a serem propostas possam contribuir para que o Tribunal de Justiça da Bahia se torne uma referência nacional na proteção de direitos no ambiente digital”.

    O GT do Tribunal baiano tem, entre outras funções, mapear as demandas envolvendo proteção de direitos no ambiente digital; propor mecanismos de identificação de processos dessa natureza; e apresentar minutas de atos normativos, preferencialmente de natureza orientativa, voltados à qualificação da atuação do Poder Judiciário e da sua relação com demais instituições para a proteção de prerrogativas no virtual.

    O Grupo tem 21 integrantes e será presidido pela juíza Liana Teixeira Dumet, da Corregedoria-Geral, e tem a coordenação científica de Victor Martins Pimenta. 

    Com informações publicadas no portal do TJ-BA

    Matéria publicada em 15/09/2023

  • Denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil online compartilhadas pela SaferNet com as autoridades têm aumento de 70% em 2023

    / / Crimes na Web / Por arthur / 1 ano 6 meses atrás

    O total de denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil compartilhadas pela SaferNet com as autoridades teve aumento de 70% nos primeiros quatro meses de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Este é o maior crescimento de denúncias do gênero, neste período do ano, desde 2020. 

    De 1º de janeiro a 31 de abril de 2023 a SaferNet recebeu 23.777 denúncias únicas contra 14.005 denúncias únicas no mesmo período do ano passado. Denúncias únicas se referem a conteúdos que não haviam sido denunciados previamente, e que estão sob análise pelo MPF para determinar se há indícios de crime.

    Desde 2019, o número de links únicos compartilhados pela SaferNet com as autoridades cresceu nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o mesmo período do ano anterior. A única exceção foi em 2022. 

    Veja aqui uma evolução desse tipo de registro desde 2019. 

    Já o total de denúncias recebidas pela Safernet ao longo dos anos de 2019 e 2022 registrou crescimento ininterrupto. Em 2022, a central recebeu mais de 100 mil denúncias pelo segundo ano consecutivo, algo que não acontecia desde 2011. 

    Central da Safernet facilita denúncias

    “O crescimento de denúncias é um termômetro do impacto causado nos usuários da Internet que se deparam com este tipo de conteúdo criminoso produzido por pessoas que usam a rede para difundir imagens de abusos sexuais contra crianças e adolescentes. O controle social é fundamental no enfrentamento aos abusadores”, afirma o diretor-presidente da Safernet, Thiago Tavares. 

    A Central de Denúncias da SaferNet funciona de maneira bem simples. Acesse denuncie.org.br, cole o link do endereço da internet que, na sua avaliação, deve ser investigado e siga os demais passos indicados na plataforma. “Todo o processo é anônimo. Muitas vezes, investigações sobre imagens dos abusos levam à prisão de estupradores e exploradores de crianças e adolescentes”, acrescenta Tavares. 

    “Sabemos que do ponto de vista das vítimas não é fácil romper a barreira do silêncio. A denúncia em si é simples de fazer, mas ainda há muitas barreiras a serem superadas, especialmente a necessidade de um maior fortalecimento da rede de proteção, que não consegue dar assistência adequada às vítimas”, afirma a psicóloga Juliana Cunha, diretora da Safernet. 

    Como funciona a central da Safernet

    A Safernet é a primeira ONG do Brasil a estabelecer uma abordagem multissetorial para proteger os Direitos Humanos no ambiente digital. Em 2005, a Safernet criou e coordena desde então a Central Nacional de Denúncias de Violações contra Direitos Humanos na Internet, um hotline que recebe denúncias anônimas de usuários da rede sobre 10 tipos de crimes online.

    A SaferNet tem um convênio com o Ministério Público Federal. Entre 2006 e 2022, a Central de Denúncias recebeu e processou 1.973.116 denúncias anônimas de imagens de abuso e exploração sexual infantil, envolvendo 524.197 páginas (links) distintos (das quais 415.085 foram removidos pelas plataformas onde estavam hospedados). O total de denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infanto-juvenil equivale a 42,5% das denúncias recebidas pela Safernet ao longo desses 17 anos.

    Toda imagem de abuso e exploração sexual infantil é o registro de uma violência real. O MPF analisa os links e pode tomar várias providências:

    • Havendo materialidade de crime federal, pode instaurar uma investigação criminal; 
    • Quando a atribuição é estadual, o MPF encaminha o caso ao MP local;
    • Arquiva a denúncia quando o link não é mais encontrado, ou quando os dados são insuficientes, inválidos ou não existem indícios suficientes de materialidade delitiva.

    Muitas vezes é necessário que a Polícia Federal investigue os casos também e é comum que denúncias da Safernet embasem operações policiais contra abusadores, como ocorreu recentemente no Mato Grosso do Sul. Concluída a investigação, é o MPF ou o MP estadual, a depender do caso, que define se houve crime e oferece a denúncia à Justiça, que abre ou não processo contra o acusado. 

    Não é pornografia infantil, é prova de crime!

    Como estas imagens e vídeos são registros de estupros e outras violências contra crianças e adolescentes, a Safernet defende que não se use mais a expressão “pornografia infantil”.

    Mundialmente é recomendado que a expressão “pornografia infantil” seja substituída por “imagens de abuso e exploração sexual infantil” ou “imagens de abusos contra crianças”. A Safernet evita ao máximo o uso da expressão “pornografia infantil” em suas publicações. 

    A pornografia legalizada pressupõe a participação livre e consentida dos atores ou pessoas maiores de idade filmadas ou fotografadas em atos sexuais consensuais. É essencial o consentimento para a filmagem de um ato sexual lícito, entre adultos. 

    A imagem de nudez e sexo envolvendo uma criança ou adolescente, por definição, não é consensual. No Brasil, é estupro qualquer ato sexual com menor de 14 anos. 

    O uso da expressão pornografia pressupõe também o consumo passivo do conteúdo, o que diminui a percepção da gravidade da posse e distribuição desse conteúdo. A SaferNet adverte que quem consome esse tipo de imagens é cúmplice do abuso e da exploração sexual infantil. A Interpol, por exemplo, fez campanha contra o uso da expressão “pornografia infantil”.

    No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê como crime vender ou expor fotos e vídeos cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes. Também é crime a divulgação dessas imagens por qualquer meio e a posse de arquivos desse tipo. 

    É possível realizar denúncias de páginas que contenham imagens de Abuso e Exploração Sexual de crianças e adolescentes na Central Nacional de Denúncias da Safernet Brasil. Em caso de suspeita de violência sexual contra crianças ou adolescentes, deve ser acionado o Disque 100.

    DISCOVER - A Safernet tem claro que a repressão policial não basta. “É preciso um esforço de toda a sociedade pela prevenção", afirma Tavares. Visando isso, a Safernet criou o projeto DISCOVER, o primeiro projeto brasileiro selecionado pelo fundo End Violence Against Children, (EVAC, Fim da Violência contra As Crianças), uma parceria global lançada pelo secretário geral da ONU em 2016”. 

    Entre várias frentes, como aumentar a conscientização da população sobre o abuso e a exploração sexual infantil, o DISCOVER também facilitará o acesso gratuito a pesquisadores e desenvolvedores a dados inéditos sobre violência e exploração de crianças e adolescentes na internet, provenientes da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, mantido pela Safernet desde 2006. 

    O objetivo é que o acesso controlado a certos dados permita que pesquisadores, universidades, institutos de pesquisa e parceiros selecionados tenham mais capacidade para desenvolver pesquisas e novas tecnologias para a prevenção e o enfrentamento ao abuso sexual infantil online.

  • YouTube e SaferNet lançam guia para orientar criadores de conteúdo a falar de ataques em escolas de forma consciente

    / / Comportamento Online / Por arthur / 1 ano 7 meses atrás
    São Paulo, 14 de abril de 2023 - O YouTube e a SaferNet, organização não governamental referência em segurança e cidadania digital no Brasil, lançam hoje o guia "Como falar sobre ataques violentos nas escolas - DOs e DON’Ts para criadores de conteúdo". Elaborado pelos especialistas da SaferNet, o material traz ferramentas para que jornalistas e influenciadores digitais possam produzir conteúdo relevante e de forma consciente sobre o tema.

    São Paulo, 14 de abril de 2023 - O YouTube e a SaferNet, organização não governamental referência em segurança e cidadania digital no Brasil, lançam hoje o guia "Como falar sobre ataques violentos nas escolas - DOs e DON’Ts para criadores de conteúdo". Elaborado pelos especialistas da SaferNet, o material traz ferramentas para que jornalistas e influenciadores digitais possam produzir conteúdo relevante e de forma consciente sobre o tema. A parceria é mais uma ação que visa fortalecer a segurança e o bem-estar da comunidade de criadores e usuários da plataforma.

    A cartilha mostra que a cobertura da mídia e o modo como se fala sobre os ataques violentos nas escolas podem ter o efeito de contribuir para dar notoriedade a autores, disseminar medo e pânico na população, além de expor e perpetuar o sofrimento das famílias das vítimas.

    "A exposição massiva dos autores de ataques também é um troféu para grupos que estimulam ataques violentos na internet. Por isso, criadores, enquanto formadores de opinião, têm um papel importante: seu conteúdo pode influenciar pessoas e qualificar conversas sobre temas sensíveis," afirma Thiago Tavares, presidente da SaferNet. 

    Entre as recomendações do Guia estão: 

    • Não espalhe boatos e conteúdos de ameaças de novos ataques para não alimentar a onda de pânico e alarmismo que pode contagiar pais e familiares de crianças;
    • Não divulgue nomes, fotos, link para perfil das redes sociais ou qualquer outro dado ou pensamento de autores de chacinas. Isso só aumenta a curiosidade e faz com que haja um culto à personalidade dos assassinos;
    • Não divulgue fotos ou vídeos do ataque ou das vítimas; 
    • Não torne o autor do ataque protagonista da notícia. Conte as histórias das vítimas e de heróis anônimos que salvaram vidas em atentados.

    Canal de denúncias

    Desde 07 de abril, a SaferNet mantém, em parceria com o Ministério da Justiça, um canal exclusivo para denúncias de conteúdos publicamente disponíveis na web com ameaças de ataque às escolas e a comunidade escolar. Qualquer cidadão pode reportar o endereço (URL) de conteúdos publicamente disponíveis na web por meio de um processo simples. Todas as denúncias são anônimas e qualquer informação adicional deixada no campo de comentários é mantida sob sigilo.

    "Estamos profundamente comprometidos em garantir que o ódio não tenha lugar no YouTube. Trabalhamos em conjunto com governos, organizações da sociedade civil como a SaferNet, parceiros da indústria e organismos internacionais para combater a intolerância e o extremismo violento onde quer que surjam, enquanto tiramos lições de eventos passados para fortalecer nosso compromisso e nossas respostas ao conteúdo de ódio. O Google e o YouTube têm colaborado constantemente com as autoridades públicas no fornecimento de dados para apoiar investigações sobre pessoas ou grupos que fazem apologia à violência em escolas, incluindo pedidos do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça", explica Alana Rizzo, gerente de políticas públicas do YouTube.

    Educação e prevenção

    Para a SaferNet, é fundamental fortalecer as ações de educação e prevenção como estratégia prioritária para o enfrentamento da radicalização juvenil e da violência nas escolas. Entre diferentes iniciativas, a entidade mantém uma parceria com o Google no curso “Educando para boas escolhas online", que é oferecido gratuitamente para as Secretarias de Educação de estados e municípios pela internet. O curso já foi implantado em 15 estados brasileiros e já alcançou mais de 100 mil educadores inscritos. Dentre os seis módulos disponíveis, destaca-se um sobre cyberbullying e outro sobre desinformação e educação midiática.

    Políticas e tecnologias para combater conteúdo perigoso no YouTube

    Os criadores de conteúdo são a alma do YouTube e é papel de todos colaborar para preservar e proteger a comunidade. Qualquer criador de conteúdo do YouTube precisa seguir as Diretrizes da comunidade e os Termos de Serviço da plataforma. A violação dessas regras pode resultar na remoção de vídeos ou outras penalidades, provocando a suspensão ou mesmo o encerramento de canais em caso de violações graves ou repetidas.

    Nos últimos anos, investimos em equipes de revisão humana e em tecnologia que nos ajuda a detectar, revisar e remover rapidamente esse tipo de material. Temos milhares de pessoas em todo o mundo que analisam e removem conteúdo abusivo de nossas plataformas e incentivamos os usuários a sinalizar qualquer vídeo que acreditem violar nossas diretrizes por meio de ferramentas públicas de denúncia. 

    De acordo com as políticas de conteúdo violento ou explícito, o YouTube remove, por exemplo, imagens filmadas pelo perpetrador durante um evento violento mortal ou grave, no qual armas, violência ou vítimas feridas são visíveis. Não há exceções para esta política, mesmo que haja contexto educacional, documental, científico ou artístico em seu conteúdo. Isso inclui conteúdo elogiando ou glorificando as ações do indivíduo. 

    Por fim, de acordo com o nosso último Relatório de Transparência, em 2022, removemos 275.261 vídeos que violam nossas políticas contra o extremismo violento. Também não permitimos discurso de ódio no YouTube e removemos conteúdo que promove violência ou ódio contra indivíduos ou grupos com base em qualquer um dos seguintes atributos: idade, casta, deficiência, etnia, identidade de gênero, nacionalidade, raça, status de imigração, religião, sexo/gênero, orientação sexual e situação militar, assim como a condição de vítima ou familiar de vítima de eventos violentos. Em 2022, foram 615.460 vídeos removidos globalmente por violarem essas regras. 

     

    Mais informações:

    YouTube Brasil

    imprensa@google.com; youtube@smartpr.com.br

    SaferNet

    Marcelo Oliveira

    (11) 98100-9521

  • SaferNet e o Ministério da Justiça juntam forças contra ataques às escolas

    / / Crimes na Web / Por admin / 1 ano 7 meses atrás
    A partir de hoje, 07/04/2023, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, qualquer cidadão pode acessar o canal exclusivo de denúncias disponibilizado no site do MJSP (https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura) e reportar o endereço (URL) de conteúdos publicamente disponíveis na web com ameaças de ataque às escolas e a comunidade escolar. 

    A partir de hoje, 07/04/2023, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, qualquer cidadão pode acessar o canal exclusivo de denúncias disponibilizado no site do MJSP (https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura) e reportar o endereço (URL) de conteúdos publicamente disponíveis na web com ameaças de ataque às escolas e a comunidade escolar. 

    A partir de hoje, 07/04/2023, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, qualquer cidadão pode acessar o canal exclusivo de denúncias disponibilizado no site do MJSP: https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura e reportar o endereço (URL) de conteúdos publicamente disponíveis na web com ameaças de ataque às escolas e a comunidade escolar. 

    O processo é muito simples, rápido e seguro: basta copiar e colar o link no formulário anônimo e clicar em denunciar. É possível denunciar, por exemplo, sites, blogs, publicações em redes sociais e fóruns, perfis e outros conteúdos suspeitos. Não é exigida a identificação do denunciante. Todas as denúncias são anônimas e qualquer informação adicional deixada no campo de comentários será mantida sob sigilo.

    As URLs (links para conteúdos publicamente disponíveis na web) denunciadas através do formulário no site do MJSP serão automaticamente cruzadas com a base de dados da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, criada pela SaferNet Brasil e operada em parceria com o Ministério Público Federal (MPF). 

    Desde 2006, a SaferNet Brasil recebeu e processou 767.938 denúncias anônimas de Apologia e Incitação a crimes contra a Vida envolvendo 143.302 páginas (URLs) distintas, das quais 116.070 já foram removidas por violar a lei e/ou os termos de uso dos serviços e plataformas digitais. As evidências publicamente disponíveis serão coletadas automaticamente e analisadas por uma força-tarefa formada por 50 policiais do Laboratório de Operações Cibernéticas (CiberLab) da DIOP/SENASP.

    Histórico de operações

    Em 2012, a PF deflagrou a operação Intolerância, que prendeu dois extremistas nas vésperas de um ataque planejado contra estudantes de uma Universidade em Brasília.

    Em 2015, a PF deflagrou a operação Bravata, que cumpriu oito mandados de busca e apreensão e prendeu suspeitos de planejarem massacres em escolas. 

    Em ambos os casos, a Safernet Brasil colaborou com a PF fornecendo informações coletadas a partir de denúncias anônimas recebidas através do www.denuncie.org.br

    Educação e Prevenção

    A SaferNet Brasil destaca a importância de fortalecer as ações de educação e prevenção como estratégia prioritária para o enfrentamento da radicalização juvenil e da violência nas escolas. Dentre as ações da instituição, destaca-se:

    I) A parceria da SaferNet com o Governo do Reino Unido no desenvolvimento de um caderno didático com uma disciplina de 40h/aula sobre Cidadania Digital para alunos dos 3 anos do ensino médio, além de também poder ser aplicada pelos professores nos anos finais (8° e 9°) do ensino fundamental. Em 2022 realizamos a aplicação piloto em três estados (PE, BA e DF) e a ideia é implementá-la em todo o país em 2023. 

    Os cinco módulos da disciplina podem ser aplicados de forma integral ou modular, de acordo com o calendário de cada instituição:

    Módulo 1: Bem-Estar e Saúde Emocional Online 

    Módulo 2: Segurança e Privacidade na Internet

    Módulo 3: Respeito e Empatia nas Redes

    Módulo 4: Relacionamentos Seguros Online

    Módulo 5: Cidadania Digital para Todos (propostas de intervenção sociocultural criadas por estudantes)

    Link para download do caderno didático: https://www.safernet.org.br/site/sites/default/files/Caderno_Eletiva_Cidadania_Digital_DAP22.pdf

    Link para cadastro de escolas públicas, privadas e secretarias de educação que querem aplicar a disciplina e receber apoio da Safenet: https://bit.ly/disciplina-cidadania-digital

    II) o projeto Cidadão Digital, criado em 2020, que leva jovens embaixadores treinados pela SaferNet para realizar atividades com alunos da rede pública em todo o país. Já foram realizadas 2.000 atividades em mais de 600 escolas e ONGs nas 27 unidades da federação. Trata-se de abordagem de educação entre pares, usando uma linguagem jovem e atividades que convidam os estudantes a se envolver nas temáticas.. Um curso de formação online com 25h inclui módulos sobre Respeito e Empatia Online, Saúde Mental e Bem-Estar e Desinformação. Além disso, há um banco de recursos gratuitos, com cartilhas e outros recursos na linguagem jovem que podem ser baixados por qualquer pessoa. Acesse: https://cidadaodigital.org.br/recursos.html

    III) curso de educação à distância oferecido gratuitamente para as Secretarias de Educação dos Estados e Municípios. Nos últimos anos o curso foi implantado em 15 UFs e já conta com mais de 100 mil educadores inscritos (veja https://ead.safernet.org.br). Dentre os 6 módulos disponíveis, destaca-se um sobre cyberbullying e outro sobre desinformação e educação midiática.

  • Fantástico destaca disciplina de Cidadania Digital criada pela Safernet e governo britânico

    / / Comportamento Online / Por arthur / 1 ano 7 meses atrás
    O programa Fantástico, da Rede Globo, destacou a disciplina de Cidadania Digital criada pela Safernet em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil em reportagem exibida neste domingo. 

    O programa Fantástico, da Rede Globo, destacou a disciplina de Cidadania Digital criada pela Safernet em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil em reportagem exibida neste domingo. 

    Na matéria, a educação para cidadania digital é apresentada como um caminho para educar adolescentes sobre o uso correto dos meios digitais. Discutir segurança, empatia, bem-estar e responsabilidade nas redes funciona como antídoto ao discurso de ódio e à violência — presentes antes, durante e depois de ataques à escolas, como o ocorrido no último dia 27/3 na Escola Estadual Thomázia Montoro, em São Paulo, em que um adolescente armado de faca matou uma professora e feriu outras três e um colega, antes de ser detido. 

    Segundo o diretor de Educação da Safernet, Rodrigo Nejm, a disciplina se utiliza da linguagem da cultura digital nos exercícios propostos. “Com muitos memes e gifs, com muitos vídeos, mas discutindo segurança, como denunciar um conteúdo violento na internet, o que eu faço se alguém me procurar de maneira violenta, para quem eu posso pedir ajuda?”, afirma. 

    "A disciplina surge de uma demanda que já existe tanto na Base Nacional Comum Curricular quanto no dia a dia das escolas, que é preparar os adolescentes para lidar de forma crítica com as tecnologias ao nosso redor. Queremos estimular o diálogo entre educadores e alunos, fomentar a cultura da paz nas escolas e evidenciar que a cidadania digital deve ser transversal e pode ajudar a transformar a educação brasileira para melhor", afirma Guilherme Alves, gerente de projetos da Safernet. 

    Educador: saiba como levar a disciplina digital para a sua escola 

    A disciplina é composta de cinco módulos, tem 40 h/aula e já está sendo aplicada em 50 escolas de ensino médio da Bahia, Distrito Federal, Pernambuco, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Podem ministrá-la professores de qualquer área

    Na reportagem foi destacada a iniciativa da professora Débora Navarro, que levou a disciplina para alunos do ensino médio técnico do campus Campo Largo do Instituto Federal do Paraná. 

    Os cinco módulos do curso são:

    Módulo 1: Bem-Estar e Saúde Emocional Online 

    Módulo 2: Segurança e Privacidade na Internet

    Módulo 3: Respeito e Empatia nas Redes

    Módulo 4: Relacionamentos Seguros Online

    Módulo 5: Cidadania Digital para Todos

    Entre várias propostas, a disciplina de Cidadania Digital pretende informar e atualizar os adolescentes sobre como reconhecer ameaças iminentes. “Às vezes é uma situação em códigos que só o adolescente que está ali naquele grupinho reconhece que aquilo pode ser um sinal de ameaça. É urgente a gente entender que essa educação para cidadania digital não é mais um extra, né? Não é um complemento. A escola é o contato com a sociedade que a criança tem desde cedo. E a nossa sociedade é digital”, diz Nejm.

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